As raizes do Carnaval remontam a antigos romanos e os
gregos que celebravam os ritos da primavera. Em toda a Europa, incluindo
França, Espanha e Portugal, as pessoas anualmente davam graças em festas,
usando máscaras e dançando nas ruas. Tais tradições foram levadas para o Novo
Mundo.
Os portugueses foram os primeiros a trazer o conceito de
"festa ou carnaval” ao Rio por volta de 1850. A prática de realizar bailes
e festas à fantasia foi importada pela burguesia da cidade de Paris. No
entanto, no Brasil, as tradições logo se tornaram diferentes. Com o tempo, elas
adquiriram elementos únicos decorrentes dos africanos e culturas ameríndias.
Grupos de pessoas costumavam desfilar pelas ruas tocando
música e dançando. Era normal que os aristocratas durante o Carnaval se
vestissem como pessoas comuns, os homens vestidos de mulheres, e os pobres
vestirem-se como príncipes e princesas - papéis sociais e diferenças de classe
eram esquecidos, uma vez por ano, mas somente para a duração do festival.
O Povo costumava tumultuar o Carnaval, até que o mesmo
foi aceito pelo governo como uma expressão da cultura. Os escravos negros se
tornaram ativamente envolvidos nas comemorações. Eles foram capazes de ser
livres por três dias. Hoje em dia as favelas (majoritariamente comunidades
negras ainda são a maioria dos grupos envolvidos em todos os preparativos do
carnaval e são aquelas para os quais o Carnaval do Rio tem mais significado).
Por volta do final
do século XVIII as festividades foram enriquecidas por competições. As pessoas
não apenas se vestiam com fantasias, mas também realizavam um desfile
acompanhados por uma orquestra de cordas, tambores e outros instrumentos. Estas
competições tornaram-se cada vez mais organizadas, tornando-se as principais
atrações do Carnaval no Rio de Janeiro.
Até o início do século XX o carnaval de rua no Rio de
Janeiro era musicalmente um tema muito euro-centrado - Polkas, valsas, mazurcas
e 'escocês'. Enquanto isso, a classe operária emergente (composta
principalmente de afro-brasileiros, juntamente com alguns ciganos, judeus
russos, poloneses, etc.) desenvolveram a sua própria música e ritmo. Essas
pessoas viviam principalmente na parte central do Rio, em uma terra que os
ricos não queriam - sobre as colinas e pântanos atrás dos estaleiros - uma área
que veio a ser conhecida como "Pequena África", agora reconhecida
como o berço do samba.
Os desfiles foram interrompidos durante a II Guerra Mundial
e começaram de novo em 1947. Até então, a principal competição teve lugar no
centro, na Avenida Rio Branco.
O Carnaval teve um longo caminho desde que foi trazido para
o Rio, tendo se tornado um dos maiores eventos do mundo. E hoje, “O Maior Desfile
de Samba do Mundo” foi levado para uma área especialmente construída para este
fim, o Sambódromo (foto acima).
Projeto, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, foi
implantado durante o primeiro governo fluminense de Leonel Brizola (1983-1987),
visando a dotar a cidade de um equipamento urbano permanente para a exibição do
tradicional espetáculo do desfile das escolas de samba. Inaugurada em 1984, com
o nome oficial de "Avenida dos Desfiles", marcou o início do sistema
de desfiles das escolas de samba em duas noites, ao invés de em apenas uma
noite, como era costume até então.
Posteriormente, seu nome oficial mudou para
"Passarela do Samba" e, finalmente, a partir de 18 de fevereiro de
1987, seu nome oficial passou a ser "Passarela Professor Darcy
Ribeiro", numa homenagem ao principal mentor da obra, o antropólogo Darcy
Ribeiro. Essa denominação oficial se conserva até hoje.
Popularmente, porém, a
obra é mais conhecida como "Sambódromo", que foi um termo cunhado
pelo próprio Darcy Ribeiro3 , a partir da junção de "samba" com o
sufixo de origem grega "dromo", que significa "corrida, lugar
para correr". Sua estrutura, em peças pré-moldadas de concreto, mede
cerca de 700 metros de comprimento e tem capacidade para aproximadamente 72.5000 espectadores.
Sempre bom saber um pouco da cultura popular do nosso país.
ResponderExcluirSão dias de alegria e divertimento.
Bjs,bom feriado.
Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirVocê já parou para pensar para onde irá quando partir desta terra ? O que perece é somente o corpo, qual a certeza de que tem, de que quando partir ira para o céu? Deus tem toda eternidade para esperar você receber Jesus em sua vida, mas e você, quantos anos tem de vida nesta terra? Receba Jesus em sua vida como seu único e verdadeiro salvador, Ele pode mudar sua vida e sua eternidade.
"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Apocalipse 3:20'"
Querida Marcia
ResponderExcluirGostei muito do que li.
Este blog e muito enriquecedor. Da-nos conta de cultura que nao e so gastronomica. Parabens.
Obrigada por partilhar.
Beijinho
Beatriz
Adorei conhecer a história dessa festa maravilhosa que é o Carnaval carioca ;)
ResponderExcluirПрекрасен, колоритен и красив! Поздрави!
ResponderExcluirOlá Marcia muito boa sua postagem é bom sempre termos o conhecimento de tudo, como você descreveu o começo do carnaval que era uma festa de música e fantasias onde a pessoas se igualavam e tinham liberdade para dançar e cantar, eu não vejo o menor problema até acho que é um tipo de festa muito agradável de união e alegria, mas de um tempo pra cá o carnaval passou a ser uma festa onde mulheres exibem seus corpos nus e muita gente só vai para conhecer pessoas afim de terem encontros sexuais, então eu não vejo mais graça sabe, é uma festa que traz consequências tristes depois, o homem modificou muita coisa de lá pra cá e na minha opinião estragou esse festa. beijus
ResponderExcluirÉ sempre bom conhecer um pouco mais da nossa cultura, adorei o post amiga, tem receitinha sua no blog, passa lá depois p/ ver, bjs, Ana ;).
ResponderExcluir